"A ilusão exposta
em tanto desalinho..."
(Vitor Ramil)
quarta-feira, 25 de maio de 2005
REVOLTA
"E antes
que possa voltar a pousar
sobre os nossos ombros
a mão que insulta a beleza,
eu lhe aconselho:
apague a luz do picadeiro
não faço parte do teu circo"
terça-feira, 24 de maio de 2005
AINDA QUE MAL PERGUNTE (Fernando Pessoa)
Ainda que mal te pergunte, Ainda que mal respondas; Ainda que mal te entenda, Ainda que mal repitas; Ainda que mal insistas, Ainda que mal desculpes; Ainda que mal me exprima, Ainda que mal me julgues; Ainda que mal me mostre, Ainda que mal te encare, Ainda que mal te furtes; Ainda que mal te siga, Ainda que mal te voltes; Ainda que mal te ame, Ainda que mal o saibas; Ainda que mal te agarre, Ainda que mal te mates; Ainda assim, pergunto: Me amas? E me queimando em teu peito Me salvo e me dano... ...de Amor!!!
quinta-feira, 19 de maio de 2005
“O menino doce me marcou na pele um cheiro que não me deixa dormir direito
Um cheiro na pele na face, nos cabelos
E no lado de meus lábios o gosto incompleto de um beijo”
sexta-feira, 13 de maio de 2005
POEMAS DO CáRCERE ( Da Negação do Amor)
“Maldigo o dia a hora em que te conheci Maldigo as vozes e os versos que te trouxeram a mim
Renego todas as tardes em que estiveste ao meu lado Todos os olhares em arabescos com que te desenhei
Rejeito todos os risos e todos os riscos Rejeito este amor que tenho sem nunca tê-lo tido
Desminto agora a poesia que há em ti Rasuro todas as letras com que um dia te rimei De hora em diante Nego-te todas as minhas estrofes!
Repudio a vertigem da tua presença e esconjuro a ausência do teu corpo no meu Desprezo o descompasso de minhas veias no cingir dos olhos teus
Menosprezo-lhe o figmento o fingimento as amarras as farsas as máscaras
E sobretudo abjuro o todo de ti que se fez tão covarde em mim.”
quinta-feira, 5 de maio de 2005
POEMAS DO CÁRCERE
(Do amor recorrente)
"De tudo o que não houvemos de ter
sabe em mim o sabor
da tua luxúria em sonhos"
terça-feira, 19 de abril de 2005
POEMAS DO CÁRCERE (Do amor reconhecido)
Eu sou aquela que vela a ausência do teu corpo dormente aquela que se fizera erva e se quisera hera a crescer nos teus quintais
Sou aquela que se perdera no calor da espera e do não ter em que te tenho tido tua última quimera se me faz presente tão logo em mim se encerra
Sou aquela que é noite e na noite que inverna Sou aquela que soletra o teu Amor num vão
quarta-feira, 13 de abril de 2005
HAICAI DISTANTE
"Os dias sem você me doem como se fossem dias sem você"
sexta-feira, 8 de abril de 2005
HAICAIS DO CAMINHO
#3
"Há saudade, espera e desejo
na boca
que se prepara para o beijo"
quarta-feira, 6 de abril de 2005
"Se eu ficar repetindo
infinitamente
que te amo,
até que se acabem as letras
dos alfabetos todos,
será que deus se compadece
e devolve você pra mim?"
segunda-feira, 4 de abril de 2005
HAICAIS DO CAMINHO #2 "Os haicais do caminho têm sede de você"
sexta-feira, 1 de abril de 2005
"Me rouba me rouba feito flor me leva embora com terra cor e raiz e depois me replanta me rega me cuida - me cuida nos terrenos teus"
quinta-feira, 31 de março de 2005
Dêem uma olhada aqui Cinco Contra Um. Blog novo, coletivo (adoro blogs coletivos), muito bom. Tem texto meu também como convidada da semana.
quarta-feira, 30 de março de 2005
OS HAICAIS DO CAMINHO # 1 "Quanto céu poeira, estrada até o encontro da boca dulcíssima"
terça-feira, 22 de março de 2005
Para Márcia Maia "Entre o querer e o poder quantos sonhos perdidos à espera de nós dois
Entre a sombra tua e a boca minha que pulsar errante de desejo intenso
Quanta terra pedra estrada entre a rotina tua e o meu querer a mim
E conquanto seja Amor seja livre no entanto para partir e vir o teu em mim aos braços meus"
domingo, 20 de março de 2005
VISLUMBRE
“O menino da montanha
tem um jeito estranho de se dizer
E em suas reticências
que fecham e abrem
um universo todo
a sugerir silêncios”
quarta-feira, 16 de março de 2005
POEMA DE URGÊNCIA
“Caminho caminhas comigo Engendro sublime e lascivo Meu pensar é teu domínio
(estás incrustado em minha íris) Sigo tua mão me leva Suspiro tua voz me enleva Sou desejo vento espera
(logo, logo, meu Amor tem pressa)
terça-feira, 15 de março de 2005
Paisagem na Janela Todo dia a mesma estação Todo dia o mesmo trajeto Todo dia a mesma visão (mas em meados do caminho hoje o arbusto amarelo floresceu)
segunda-feira, 14 de março de 2005
AMAR MARCELO MAR VERDE MAR É VERDE VER- TE VER TE NTE DE FELICIDADE
(marcelotinhaumaalmaverde)
quinta-feira, 10 de março de 2005
“O teu corpo no meu corpo - não há de importar desde que a tua alma faça amor com o meu te amar”
segunda-feira, 7 de março de 2005
O PESCADOR DE ESTRELAS
Sentado à beira da Lua pescas estrelas enqüanto germino entre os astros o meu canteiro de sonhos E na grandeza deste mundo insuspeitado tu pousas sobre mim o teu olhar descansado corisco abrilhantado no proscênio do céu que convidaste desde então a morar dentro de mim
Alumbrada piso nuvens pandas Âmbar que abranda o meu caminhar
E pelas vidraças da bem-aventurança cintila por ti - Bálsamo e benção o véu de constelação que hoje cobre os olhos meus
quarta-feira, 2 de março de 2005
Mais do que um presente do meu mais do que amigo Júlio Castro: "Um dia quero escrever uma poesia-você, com brisas agradáveis de nuances-amor-vento, de belos versos poeta-azul e poetisas vidas-cor-de-rosa. Um poema sua vida, de rimas longas e penúltimos estrofes fortes intermináveis. Quero um dia escrever uma poesia de sua leve-eternidade. Um poema inovador de verbos lindos e versos-And."
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005
And V "Quero ser o desejo corsário e límpido o início do ciclo a Única Flor Antes o roçar de asas em meus seios que mãos de pedra a me tocar Não quero ser a que fica quero ser sonho e ser dormida o esgar dos lábios soabertos e o suplício da partida Não quero ser Amor quero ser Poesia"
terça-feira, 22 de fevereiro de 2005
Este poema é do meu filhote, meu Amor mais lindo...
"Minha mãe
é a água da chuva
que veio pra fazer o bem"
Marcelo Sabiá
domingo, 20 de fevereiro de 2005
"Fulgura frescor e poesia a brisa que brinca nós dois"
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005
Estou de luto dos meus sonhos. Peço licença aos amigos: preciso morrer um pouco pra depois poder nascer de novo.
And
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005
“Que para falar de Marpessa com a grandeza que lhe convém, é preciso esperar que se criem as palavras. Pois que não as tenho, inda assim tentarei dizer:
Marpessa é a beleza e o perigo, o riso e a instrospeção. Marpessa é a crueza dos desígnios e a leveza das declarações. Marpessa é um ser-todo Estar com Marpessa é perder-se de Amor.
E assim sendo, e sendo tanto, assim me encontro: quedada de Amor e Luz aos pés de Marpessa."
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005
DA TRISTEZA MAIOR No dia em que morreu o amor o sol nasceu como todos os dias o tempo correu como todos os dias a vida seguiu como todos os dias
Mas para o sol para o tempo e para a vida nenhum outro dia foi igual aquele
domingo, 6 de fevereiro de 2005
"Hoje
caminhei pelas ruas sob o sol
em saias longas
mas a alegria não me veio
Despertei pra tua ausência
e a história
que a tua falta me conta
fala de cores e calores
cheiros, toques e sabores
fora do alcance
da avidez pálida de minhas mãos.
Sigo sob o sol
e enquanto tua falta me consome
teu corpo roça o meu pensar"