quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Sonho de Poeta
Não tenho o costume de postar poemas que não sejam de minha autoria, já que não é este o propósito do blogue.
Mas em alguns casos eu tenho de abrir excessões.
Como agora, com este belíssimo e invejável texto da Alice Ruiz.
Invejável sim. Porque EU deveria ter escrito este poema.
SONHO DE POETA
Quem dera fosse meu
o poema de amor
definitivo.
Se amar fosse o bastante,
poder eu poderia,
pudera,
às vezes, parece ser
esse, meu único destino
Mas vem o vento e leva
as palavras que digo,
minha canção de amigo.
Um sonho de poeta,
não vale o instante
vivo.
Pode que muita gente
veja no que escrevo
tudo que sente
e vibre
e chore
e ria,
como eu, antigamente,
quando não sabia
que não há um verso,
amor,
que te contente.
Mas em alguns casos eu tenho de abrir excessões.
Como agora, com este belíssimo e invejável texto da Alice Ruiz.
Invejável sim. Porque EU deveria ter escrito este poema.
SONHO DE POETA
Quem dera fosse meu
o poema de amor
definitivo.
Se amar fosse o bastante,
poder eu poderia,
pudera,
às vezes, parece ser
esse, meu único destino
Mas vem o vento e leva
as palavras que digo,
minha canção de amigo.
Um sonho de poeta,
não vale o instante
vivo.
Pode que muita gente
veja no que escrevo
tudo que sente
e vibre
e chore
e ria,
como eu, antigamente,
quando não sabia
que não há um verso,
amor,
que te contente.
sábado, 21 de novembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
O círculo infernal das saudades - I
Essa noite me veio em sonhos
e quando te sonho assim
como essa noite te sonhei
você se me fica.
e quando te sonho assim
como essa noite te sonhei
você se me fica.
.o d i a t o d o e m m i m.
sábado, 22 de agosto de 2009
Manoel de Barros
Veio me dizer que eu desestruturo a linguagem. Eu desestruturo a linguagem?
Vejamos: eu estou bem sentado num lugar. Vem uma palavra e tira o lugar debaixo de mim. Tira o lugar em que estava sentado. Eu não fazia nada para que a palavra me desalojasse daquele lugar. E eu nem atrapalhava a passagem de ninguém. Ao retirar debaixo de mim o lugar, eu desaprumei. Ali só havia um grilo com sua flauta de couro. O grilo feridava o silêncio. Os moradores do lugar se queixavam do grilo. Agora eu pergunto: quem desestruturou a linguagem? Fui eu ou foram as palavras? E o lugar que retiraram debaixo de mim? Não era para terem retirado a mim do lugar? Foram as palavras pois que desestruturaram a linguagem. E não eu.
in: Ensaios Fotográficos
terça-feira, 14 de abril de 2009
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
WORKSHOP DE POESIA
OFICINA DA PALAVRA - CASA MÁRIO DE ANDRADE BARRA FUNDA
Rua Lopes Chaves, 546 - Barra Funda - São Paulo/SP
Tel: (11) 3666-5803 / 3826-4085
e-mail: casamariodeandrade@assaoc.org.br
Funcionamento segunda a sexta-feira - 12h às 22h sábados - 9h às 14h
Legenda (S) - Atividades na Sede (E) - Atividades Externas
LITERATURA LITERATURA WORKSHOP DE POESIA E SARAU - 15 vagas (S)
Coordenação: Andréa Muroni
4 a 18/2 - quartas-feiras- 19h30 às 21h30
Público-alvo: interessados com conhecimento intermediário
Faixa-etária: a partir de 18 anos
Seleção: carta de interesse
Inscrições: 26/1 a 30/1
Rua Lopes Chaves, 546 - Barra Funda - São Paulo/SP
Tel: (11) 3666-5803 / 3826-4085
e-mail: casamariodeandrade@assaoc.org.br
Funcionamento segunda a sexta-feira - 12h às 22h sábados - 9h às 14h
Legenda (S) - Atividades na Sede (E) - Atividades Externas
LITERATURA LITERATURA WORKSHOP DE POESIA E SARAU - 15 vagas (S)
Coordenação: Andréa Muroni
4 a 18/2 - quartas-feiras- 19h30 às 21h30
Público-alvo: interessados com conhecimento intermediário
Faixa-etária: a partir de 18 anos
Seleção: carta de interesse
Inscrições: 26/1 a 30/1
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Queridos
Tive o prazer de ser agraciada, este ano, com o 1º lugar do 4º Concurso Literário de Suzano.
No próximo dia 16 de dezembro haverá no Centro Cultural um evento de lançamento da Revista Trajetória Literária #4 com a devida sessão de autógrafos e distribuição da revista aos participantes.
A quem puder comparecer, meus sinceros agradecimentos. Beijo
Lançamento dia 16 de dezembro - terça - 20h
Local: Centro Cultural de Suzano
Rua Benjamin Constant, 682
Centro - Suzano - SP
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
"O que tenho pra te dar
é clara e suave luz primeira do dia
É poesia
riso e gosto de sal na boca
(conquanto o que tenha pra te dar seja doce)
Tenho para ti notas
solfejos e sonatas
tenho terra e alegria pueril
fúria de mar e vento e gozo
passadas incertas porém firmes
luz e sono
O que tenho pra te dar
não pode ser mensurado por palavras
mas pode-se tocar com as mãos
(nos braços da chuva virá o que tenho pra ti)
A ti te dou sonhos
vertigens e amanheceres
na alba
clara e suave
luz primeira da manhã"
é clara e suave luz primeira do dia
É poesia
riso e gosto de sal na boca
(conquanto o que tenha pra te dar seja doce)
Tenho para ti notas
solfejos e sonatas
tenho terra e alegria pueril
fúria de mar e vento e gozo
passadas incertas porém firmes
luz e sono
O que tenho pra te dar
não pode ser mensurado por palavras
mas pode-se tocar com as mãos
(nos braços da chuva virá o que tenho pra ti)
A ti te dou sonhos
vertigens e amanheceres
na alba
clara e suave
luz primeira da manhã"
quarta-feira, 23 de julho de 2008
sexta-feira, 27 de junho de 2008
The Masquerade
“É você quem eu quero
mas o outro você
o que está por trás
De você eu quero
aquele que está no escuro
o doente
o febril
quero aquele
escondido no vazio
o das sombras
o insuspeito
Não quero de você
o adorado, o sorridente
o as multidões, este
Desejo, antes
o de alma atormentada
o dos versos escusos
De você só me interessam
as rimas em fúria
o olhar em segredo
É a sua vertigem
o que desejo
(quero as dores que te freqüentam)
Dentro de você, outro você
outro, esconso
você outro
quero o outro
o outro você
quero o outro você
Só me interesso
pelo que está por trás”
mas o outro você
o que está por trás
De você eu quero
aquele que está no escuro
o doente
o febril
quero aquele
escondido no vazio
o das sombras
o insuspeito
Não quero de você
o adorado, o sorridente
o as multidões, este
Desejo, antes
o de alma atormentada
o dos versos escusos
De você só me interessam
as rimas em fúria
o olhar em segredo
É a sua vertigem
o que desejo
(quero as dores que te freqüentam)
Dentro de você, outro você
outro, esconso
você outro
quero o outro
o outro você
quero o outro você
Só me interesso
pelo que está por trás”
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Réstia
"e quanto a mim
sou planta
a planta autônoma e forte
se erguendo, muda
nas frestas do cimento mundo"
sou planta
a planta autônoma e forte
se erguendo, muda
nas frestas do cimento mundo"
terça-feira, 3 de julho de 2007
segunda-feira, 26 de março de 2007
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
quarta-feira, 17 de janeiro de 2007
A esperança
o medo
a dor
os trilhos
os sons
as carências
ausências
excessos
a vida real
o devaneio
o desemprego
a flor
o gás
a memória
as saudades
o grito
o vinho derramado no sofá
o cão que uiva na rua
a rosa que desabrochou e morreu
a angústia de ser e não ter
a violência
a espera
a desesperança.
o medo
a dor
os trilhos
os sons
as carências
ausências
excessos
a vida real
o devaneio
o desemprego
a flor
o gás
a memória
as saudades
o grito
o vinho derramado no sofá
o cão que uiva na rua
a rosa que desabrochou e morreu
a angústia de ser e não ter
a violência
a espera
a desesperança.
... e no meio de tudo
o Amor!
quarta-feira, 6 de setembro de 2006
"Nunca li estrofe
ou conheci poeta
que versasse as folhas
Mas o perfume da calêndula
não é da flor
que ele vem não"
O Windows Live Messenger chegou! Confira já!
sexta-feira, 6 de janeiro de 2006
terça-feira, 25 de outubro de 2005
"Quase morri de frio
por amor a quem não existia
Quase me perdi
a correr atrás de sombras
(pelo que não é
trouxe lágrimas ao reino)
Se hoje guardo luto
é pela morte de alguém
que existiu tão somente para mim
(pela mentira que foste
franzo meu cenho e
calo meu sorriso)
Mas assim que a chuva
lave as águas que chorei
porei minha alma
a quarar no sol
e hei de esquecer
que nunca, nesta vida
eu te conheci"
por amor a quem não existia
Quase me perdi
a correr atrás de sombras
(pelo que não é
trouxe lágrimas ao reino)
Se hoje guardo luto
é pela morte de alguém
que existiu tão somente para mim
(pela mentira que foste
franzo meu cenho e
calo meu sorriso)
Mas assim que a chuva
lave as águas que chorei
porei minha alma
a quarar no sol
e hei de esquecer
que nunca, nesta vida
eu te conheci"
sexta-feira, 21 de outubro de 2005
quarta-feira, 5 de outubro de 2005
O Menino que Carregava Água na Peneira
Tenho um livro sobre águas e meninos. Gostei mais de um menino que carregava água na peneira. A mãe disse que carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos. A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água O mesmo que criar peixes no bolso. O menino era ligado em despropósitos. Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos. A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio. Falava que os vazios são maiores e até infinitos. Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito porque gostava de carregar água na peneira Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo que carregar água na peneira. No escrever o menino viu que era capaz de ser noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo. O menino aprendeu a usar as palavras. Viu que podia fazer peraltagens com as palavras. E começou a fazer peraltagens. Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro botando ponto final na frase. Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela. O menino fazia prodígios. Até fez uma pedra dar flor! A mãe reparava o menino com ternura. A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta. Você vai carregar água na peneira a vida toda. Você vai encher os vazios com as suas peraltagens e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos Manoel de Barros |
domingo, 7 de agosto de 2005
sábado, 6 de agosto de 2005
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