domingo, 12 de junho de 2005

“ No dia em que você me deixou meu olhar de revés marejou coração de céu claro morava no peito e aquele dia aluou E de tanto buscar voz alta em mim dizia m`arrebatou maré esconsa, neblinei e a delicadeza no amanhecer tormentou Delicadeza neblinei, neblinei marejou E no jardim que a gente plantou minha flor mal-me-quis, estancou terreno só, desfolhado e o pranto chorado meu broto regou E de tanto acabrunhar mundo todo dizia desatinou peito às tontas, neblinei e a delicadeza no anoitecer tormentou Delicadeza neblinei, neblinei marejou Mas no dia em que você voltou semente se abriu, deu em flor e o girassol florado da terra tombado pro céu se voltou e de tanto esperar riso solto corria e o sol voltou Pro seu recanto, clarejei e a delicadeza até que enfim descansou Delicadeza sublimei, sublimei clarejou"

3 comentários:

Anônimo disse...

Delicado e frio abandono...
Delicado e brando retorno !!!!
Meu beijo

Anônimo disse...

Muito bonito este teu poema! Clarice Lispector; Adoro:)
Beijo*
Charlotte.

Anônimo disse...

Querida Amiga,
Após um tempo sem vir aqui, vim refazer vimnha visita!
Você continua escrevendo como um anjo...
Tomara que tenha sucesso na carreira de compositora!
Beijos
Rocky Shade Metal
Mila