VENTO
VENTA
VENTANIA
IA
TEMPESTA
TEMPESTADE
DE
ILUSÕES
(se acabou)
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
No fundo do quintal da minha avó
tinha um pé de ameixa
Ele ficava pro lado de lá do muro
no terreiro vizinho
Mas como árvore não respeita emparelhança
metade das frutas caía pro nosso pedaço de quintal
Era fruta de tempo de férias
Eu gostava de passar as manhãs
futucando a árvore com pau de agarrar varal
Minha mãe brigava que tinha cobra
Eu procurava os buracos delas e ovo
nem nunca achei nenhum
A ameixinha amarela nem bicho vivia
e o caroço marrom era liso de pedra de rio
De grande subiram o muro e cortaram a árvore
quiseram semear no lugar um canteiro de cimento
De grande eu acho a fruta na bandeja no mercado
sufocada em filme plástico
Descobri que o nome que a ameixa chama é nêspera
Tem importância não mudar de nome:
A fruta que eu gostava
não dá em pé de banca
tinha um pé de ameixa
Ele ficava pro lado de lá do muro
no terreiro vizinho
Mas como árvore não respeita emparelhança
metade das frutas caía pro nosso pedaço de quintal
Era fruta de tempo de férias
Eu gostava de passar as manhãs
futucando a árvore com pau de agarrar varal
Minha mãe brigava que tinha cobra
Eu procurava os buracos delas e ovo
nem nunca achei nenhum
A ameixinha amarela nem bicho vivia
e o caroço marrom era liso de pedra de rio
De grande subiram o muro e cortaram a árvore
quiseram semear no lugar um canteiro de cimento
De grande eu acho a fruta na bandeja no mercado
sufocada em filme plástico
Descobri que o nome que a ameixa chama é nêspera
Tem importância não mudar de nome:
A fruta que eu gostava
não dá em pé de banca
terça-feira, 8 de junho de 2010
quanta tristeza
cabe em um dia?
quanta angústia
agrura, amargura?
onde é
o antes de enlouquecer?
quanto ar é preciso
pra encher esse vazio?
pra não sufocar sozinho?
pra exalar um balbucio?
quanta tristeza
meu deus
ainda vai caber em mim?
antes que a noite anoiteça
antes que a vista escureça
antes
que a vida feneça
enfim.
cabe em um dia?
quanta angústia
agrura, amargura?
onde é
o antes de enlouquecer?
quanto ar é preciso
pra encher esse vazio?
pra não sufocar sozinho?
pra exalar um balbucio?
quanta tristeza
meu deus
ainda vai caber em mim?
antes que a noite anoiteça
antes que a vista escureça
antes
que a vida feneça
enfim.
sábado, 6 de março de 2010
quinta-feira, 4 de março de 2010
nas paredes do túnel
fotos e letras na vertigem
do dizer-se menos
(as notas vem do outro lado
eletrificando a escuridão)
na saída há luz
e som
anônimos se resvalam
em mãos de subida e descida
a luz se faz mais forte e irreal
toma forma, o som
mas de nada vale o sol
(a escuridão se emaranhou no em mim)
fotos e letras na vertigem
do dizer-se menos
(as notas vem do outro lado
eletrificando a escuridão)
na saída há luz
e som
anônimos se resvalam
em mãos de subida e descida
a luz se faz mais forte e irreal
toma forma, o som
mas de nada vale o sol
(a escuridão se emaranhou no em mim)
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Sonho de Poeta
Não tenho o costume de postar poemas que não sejam de minha autoria, já que não é este o propósito do blogue.
Mas em alguns casos eu tenho de abrir excessões.
Como agora, com este belíssimo e invejável texto da Alice Ruiz.
Invejável sim. Porque EU deveria ter escrito este poema.
SONHO DE POETA
Quem dera fosse meu
o poema de amor
definitivo.
Se amar fosse o bastante,
poder eu poderia,
pudera,
às vezes, parece ser
esse, meu único destino
Mas vem o vento e leva
as palavras que digo,
minha canção de amigo.
Um sonho de poeta,
não vale o instante
vivo.
Pode que muita gente
veja no que escrevo
tudo que sente
e vibre
e chore
e ria,
como eu, antigamente,
quando não sabia
que não há um verso,
amor,
que te contente.
Mas em alguns casos eu tenho de abrir excessões.
Como agora, com este belíssimo e invejável texto da Alice Ruiz.
Invejável sim. Porque EU deveria ter escrito este poema.
SONHO DE POETA
Quem dera fosse meu
o poema de amor
definitivo.
Se amar fosse o bastante,
poder eu poderia,
pudera,
às vezes, parece ser
esse, meu único destino
Mas vem o vento e leva
as palavras que digo,
minha canção de amigo.
Um sonho de poeta,
não vale o instante
vivo.
Pode que muita gente
veja no que escrevo
tudo que sente
e vibre
e chore
e ria,
como eu, antigamente,
quando não sabia
que não há um verso,
amor,
que te contente.
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