Não tenho o costume de postar poemas que não sejam de minha autoria, já que não é este o propósito do blogue.
Mas em alguns casos eu tenho de abrir excessões.
Como agora, com este belíssimo e invejável texto da Alice Ruiz.
Invejável sim. Porque EU deveria ter escrito este poema.
SONHO DE POETA
Quem dera fosse meu
o poema de amor
definitivo.
Se amar fosse o bastante,
poder eu poderia,
pudera,
às vezes, parece ser
esse, meu único destino
Mas vem o vento e leva
as palavras que digo,
minha canção de amigo.
Um sonho de poeta,
não vale o instante
vivo.
Pode que muita gente
veja no que escrevo
tudo que sente
e vibre
e chore
e ria,
como eu, antigamente,
quando não sabia
que não há um verso,
amor,
que te contente.
Um comentário:
Bonito, And. E caramba, eu quero ir no show do Otto !
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