dos meus dias:
9 horas a orçar
o valor das palavras alheias
dentre muitas
e tantas mais
nenhuma delas é minha
ou de você
(somos aqueles
que soletram a chuva
e areia)
terça-feira, 3 de julho de 2007
segunda-feira, 26 de março de 2007
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
quarta-feira, 17 de janeiro de 2007
A esperança
o medo
a dor
os trilhos
os sons
as carências
ausências
excessos
a vida real
o devaneio
o desemprego
a flor
o gás
a memória
as saudades
o grito
o vinho derramado no sofá
o cão que uiva na rua
a rosa que desabrochou e morreu
a angústia de ser e não ter
a violência
a espera
a desesperança.
o medo
a dor
os trilhos
os sons
as carências
ausências
excessos
a vida real
o devaneio
o desemprego
a flor
o gás
a memória
as saudades
o grito
o vinho derramado no sofá
o cão que uiva na rua
a rosa que desabrochou e morreu
a angústia de ser e não ter
a violência
a espera
a desesperança.
... e no meio de tudo
o Amor!
quarta-feira, 6 de setembro de 2006
"Nunca li estrofe
ou conheci poeta
que versasse as folhas
Mas o perfume da calêndula
não é da flor
que ele vem não"
O Windows Live Messenger chegou! Confira já!
sexta-feira, 6 de janeiro de 2006
terça-feira, 25 de outubro de 2005
"Quase morri de frio
por amor a quem não existia
Quase me perdi
a correr atrás de sombras
(pelo que não é
trouxe lágrimas ao reino)
Se hoje guardo luto
é pela morte de alguém
que existiu tão somente para mim
(pela mentira que foste
franzo meu cenho e
calo meu sorriso)
Mas assim que a chuva
lave as águas que chorei
porei minha alma
a quarar no sol
e hei de esquecer
que nunca, nesta vida
eu te conheci"
por amor a quem não existia
Quase me perdi
a correr atrás de sombras
(pelo que não é
trouxe lágrimas ao reino)
Se hoje guardo luto
é pela morte de alguém
que existiu tão somente para mim
(pela mentira que foste
franzo meu cenho e
calo meu sorriso)
Mas assim que a chuva
lave as águas que chorei
porei minha alma
a quarar no sol
e hei de esquecer
que nunca, nesta vida
eu te conheci"
sexta-feira, 21 de outubro de 2005
quarta-feira, 5 de outubro de 2005
O Menino que Carregava Água na Peneira
Tenho um livro sobre águas e meninos. Gostei mais de um menino que carregava água na peneira. A mãe disse que carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos. A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água O mesmo que criar peixes no bolso. O menino era ligado em despropósitos. Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos. A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio. Falava que os vazios são maiores e até infinitos. Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito porque gostava de carregar água na peneira Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo que carregar água na peneira. No escrever o menino viu que era capaz de ser noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo. O menino aprendeu a usar as palavras. Viu que podia fazer peraltagens com as palavras. E começou a fazer peraltagens. Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro botando ponto final na frase. Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela. O menino fazia prodígios. Até fez uma pedra dar flor! A mãe reparava o menino com ternura. A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta. Você vai carregar água na peneira a vida toda. Você vai encher os vazios com as suas peraltagens e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos Manoel de Barros |
domingo, 7 de agosto de 2005
sábado, 6 de agosto de 2005
sexta-feira, 15 de julho de 2005
Versinho pra quem tem medo de Amar
sábado, 9 de julho de 2005
sexta-feira, 8 de julho de 2005
domingo, 12 de junho de 2005
“ No dia em que você me deixou
meu olhar de revés marejou
coração de céu claro
morava no peito
e aquele dia aluou
E de tanto buscar
voz alta em mim dizia
m`arrebatou
maré esconsa, neblinei
e a delicadeza
no amanhecer tormentou
Delicadeza
neblinei, neblinei
marejou
E no jardim que a gente plantou
minha flor mal-me-quis, estancou
terreno só, desfolhado
e o pranto chorado
meu broto regou
E de tanto acabrunhar
mundo todo dizia
desatinou
peito às tontas, neblinei
e a delicadeza
no anoitecer tormentou
Delicadeza
neblinei, neblinei
marejou
Mas no dia em que você voltou
semente se abriu, deu em flor
e o girassol florado
da terra tombado
pro céu se voltou
e de tanto esperar
riso solto corria
e o sol voltou
Pro seu recanto, clarejei
e a delicadeza
até que enfim descansou
Delicadeza
sublimei, sublimei
clarejou"
quarta-feira, 25 de maio de 2005
terça-feira, 24 de maio de 2005
AINDA QUE MAL PERGUNTE
(Fernando Pessoa)
Ainda que mal te pergunte,
Ainda que mal respondas;
Ainda que mal te entenda,
Ainda que mal repitas;
Ainda que mal insistas,
Ainda que mal desculpes;
Ainda que mal me exprima,
Ainda que mal me julgues;
Ainda que mal me mostre,
Ainda que mal te encare,
Ainda que mal te furtes;
Ainda que mal te siga,
Ainda que mal te voltes;
Ainda que mal te ame,
Ainda que mal o saibas;
Ainda que mal te agarre,
Ainda que mal te mates;
Ainda assim, pergunto: Me amas?
E me queimando em teu peito
Me salvo e me dano...
...de Amor!!!
(Fernando Pessoa)
Ainda que mal te pergunte,
Ainda que mal respondas;
Ainda que mal te entenda,
Ainda que mal repitas;
Ainda que mal insistas,
Ainda que mal desculpes;
Ainda que mal me exprima,
Ainda que mal me julgues;
Ainda que mal me mostre,
Ainda que mal te encare,
Ainda que mal te furtes;
Ainda que mal te siga,
Ainda que mal te voltes;
Ainda que mal te ame,
Ainda que mal o saibas;
Ainda que mal te agarre,
Ainda que mal te mates;
Ainda assim, pergunto: Me amas?
E me queimando em teu peito
Me salvo e me dano...
...de Amor!!!
quinta-feira, 19 de maio de 2005
sexta-feira, 13 de maio de 2005
POEMAS DO CáRCERE
( Da Negação do Amor)
“Maldigo o dia
a hora em que te conheci
Maldigo as vozes e os versos
que te trouxeram a mim
Renego todas as tardes
em que estiveste ao meu lado
Todos os olhares em arabescos
com que te desenhei
Rejeito todos os risos
e todos os riscos
Rejeito este amor que tenho
sem nunca tê-lo tido
Desminto agora
a poesia que há em ti
Rasuro todas as letras
com que um dia te rimei
De hora em diante
Nego-te
todas as minhas estrofes!
Repudio a vertigem da tua presença
e esconjuro a ausência
do teu corpo no meu
Desprezo o descompasso
de minhas veias
no cingir dos olhos teus
Menosprezo-lhe o figmento
o fingimento
as amarras
as farsas
as máscaras
E sobretudo
abjuro
o todo de ti
que se fez tão covarde em mim.”
( Da Negação do Amor)
“Maldigo o dia
a hora em que te conheci
Maldigo as vozes e os versos
que te trouxeram a mim
Renego todas as tardes
em que estiveste ao meu lado
Todos os olhares em arabescos
com que te desenhei
Rejeito todos os risos
e todos os riscos
Rejeito este amor que tenho
sem nunca tê-lo tido
Desminto agora
a poesia que há em ti
Rasuro todas as letras
com que um dia te rimei
De hora em diante
Nego-te
todas as minhas estrofes!
Repudio a vertigem da tua presença
e esconjuro a ausência
do teu corpo no meu
Desprezo o descompasso
de minhas veias
no cingir dos olhos teus
Menosprezo-lhe o figmento
o fingimento
as amarras
as farsas
as máscaras
E sobretudo
abjuro
o todo de ti
que se fez tão covarde em mim.”
quinta-feira, 5 de maio de 2005
terça-feira, 19 de abril de 2005
POEMAS DO CÁRCERE
(Do amor reconhecido)
Eu sou aquela que vela
a ausência do teu corpo dormente
aquela que se fizera erva
e se quisera hera
a crescer nos teus quintais
Sou aquela que se perdera
no calor da espera
e do não ter
em que te tenho tido
tua última quimera
se me faz presente
tão logo em mim se encerra
Sou aquela que é noite
e na noite que inverna
Sou aquela que soletra
o teu Amor num vão
(Do amor reconhecido)
Eu sou aquela que vela
a ausência do teu corpo dormente
aquela que se fizera erva
e se quisera hera
a crescer nos teus quintais
Sou aquela que se perdera
no calor da espera
e do não ter
em que te tenho tido
tua última quimera
se me faz presente
tão logo em mim se encerra
Sou aquela que é noite
e na noite que inverna
Sou aquela que soletra
o teu Amor num vão
quarta-feira, 13 de abril de 2005
sexta-feira, 8 de abril de 2005
quarta-feira, 6 de abril de 2005
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