POEMAS DO CÁRCERE
(Do amor reconhecido)
Eu sou aquela que vela
a ausência do teu corpo dormente
aquela que se fizera erva
e se quisera hera
a crescer nos teus quintais
Sou aquela que se perdera
no calor da espera
e do não ter
em que te tenho tido
tua última quimera
se me faz presente
tão logo em mim se encerra
Sou aquela que é noite
e na noite que inverna
Sou aquela que soletra
o teu Amor num vão
terça-feira, 19 de abril de 2005
quarta-feira, 13 de abril de 2005
sexta-feira, 8 de abril de 2005
quarta-feira, 6 de abril de 2005
sexta-feira, 1 de abril de 2005
quinta-feira, 31 de março de 2005
Dêem uma olhada aqui Cinco Contra Um.
Blog novo, coletivo (adoro blogs coletivos), muito bom.
Tem texto meu também como convidada da semana.
Blog novo, coletivo (adoro blogs coletivos), muito bom.
Tem texto meu também como convidada da semana.
quarta-feira, 30 de março de 2005
terça-feira, 22 de março de 2005
Para Márcia Maia
"Entre o querer
e o poder
quantos sonhos perdidos
à espera de nós dois
Entre a sombra tua
e a boca minha
que pulsar errante
de desejo intenso
Quanta terra pedra estrada
entre a rotina tua
e o meu querer a mim
E conquanto seja Amor
seja livre no entanto
para partir e vir
o teu em mim
aos braços meus"
"Entre o querer
e o poder
quantos sonhos perdidos
à espera de nós dois
Entre a sombra tua
e a boca minha
que pulsar errante
de desejo intenso
Quanta terra pedra estrada
entre a rotina tua
e o meu querer a mim
E conquanto seja Amor
seja livre no entanto
para partir e vir
o teu em mim
aos braços meus"
domingo, 20 de março de 2005
quarta-feira, 16 de março de 2005
terça-feira, 15 de março de 2005
segunda-feira, 14 de março de 2005
quinta-feira, 10 de março de 2005
segunda-feira, 7 de março de 2005
O PESCADOR DE ESTRELAS
Sentado à beira da Lua
pescas estrelas
enqüanto germino entre os astros
o meu canteiro de sonhos
E na grandeza
deste mundo insuspeitado
tu pousas sobre mim
o teu olhar descansado
corisco abrilhantado
no proscênio do céu
que convidaste desde então
a morar dentro de mim
Alumbrada
piso nuvens pandas
Âmbar
que abranda o meu caminhar
E pelas vidraças da bem-aventurança
cintila por ti
- Bálsamo e benção
o véu de constelação
que hoje cobre os olhos meus
Sentado à beira da Lua
pescas estrelas
enqüanto germino entre os astros
o meu canteiro de sonhos
E na grandeza
deste mundo insuspeitado
tu pousas sobre mim
o teu olhar descansado
corisco abrilhantado
no proscênio do céu
que convidaste desde então
a morar dentro de mim
Alumbrada
piso nuvens pandas
Âmbar
que abranda o meu caminhar
E pelas vidraças da bem-aventurança
cintila por ti
- Bálsamo e benção
o véu de constelação
que hoje cobre os olhos meus
quarta-feira, 2 de março de 2005
Mais do que um presente do meu mais do que amigo Júlio Castro:
"Um dia quero escrever uma poesia-você,
com brisas agradáveis de nuances-amor-vento,
de belos versos poeta-azul e poetisas vidas-cor-de-rosa.
Um poema sua vida,
de rimas longas e penúltimos estrofes fortes intermináveis.
Quero um dia escrever uma poesia de sua leve-eternidade.
Um poema inovador de verbos lindos e versos-And."
"Um dia quero escrever uma poesia-você,
com brisas agradáveis de nuances-amor-vento,
de belos versos poeta-azul e poetisas vidas-cor-de-rosa.
Um poema sua vida,
de rimas longas e penúltimos estrofes fortes intermináveis.
Quero um dia escrever uma poesia de sua leve-eternidade.
Um poema inovador de verbos lindos e versos-And."
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005
terça-feira, 22 de fevereiro de 2005
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005
“Que para falar de Marpessa
com a grandeza que lhe convém,
é preciso esperar que se criem as palavras.
Pois que não as tenho,
inda assim tentarei dizer:
Marpessa é a beleza e o perigo,
o riso e a instrospeção.
Marpessa é a crueza dos desígnios
e a leveza das declarações.
Marpessa é um ser-todo
Estar com Marpessa é perder-se de Amor.
E assim sendo,
e sendo tanto,
assim me encontro: quedada de Amor e Luz
aos pés de Marpessa."
com a grandeza que lhe convém,
é preciso esperar que se criem as palavras.
Pois que não as tenho,
inda assim tentarei dizer:
Marpessa é a beleza e o perigo,
o riso e a instrospeção.
Marpessa é a crueza dos desígnios
e a leveza das declarações.
Marpessa é um ser-todo
Estar com Marpessa é perder-se de Amor.
E assim sendo,
e sendo tanto,
assim me encontro: quedada de Amor e Luz
aos pés de Marpessa."
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005
domingo, 6 de fevereiro de 2005
"Hoje
caminhei pelas ruas sob o sol
em saias longas
mas a alegria não me veio
Despertei pra tua ausência
e a história
que a tua falta me conta
fala de cores e calores
cheiros, toques e sabores
fora do alcance
da avidez pálida de minhas mãos.
Sigo sob o sol
e enquanto tua falta me consome
teu corpo roça o meu pensar"
caminhei pelas ruas sob o sol
em saias longas
mas a alegria não me veio
Despertei pra tua ausência
e a história
que a tua falta me conta
fala de cores e calores
cheiros, toques e sabores
fora do alcance
da avidez pálida de minhas mãos.
Sigo sob o sol
e enquanto tua falta me consome
teu corpo roça o meu pensar"
terça-feira, 1 de fevereiro de 2005
segunda-feira, 31 de janeiro de 2005
ALCÂNDOR *
“Brancas, as águas agitam as angras
Não há portos, só navios... meu coração
E o meu coração emerge nas vagas
- e sangra
de desprazimento, enquanto digo-te como um ato de contrição
Há brumas em meu mar que-seria
e nas areias em que não piso... e o sol... jamais
E a tua imagem, em mim, é uma galeria
de paredes vazias, de sombras e visões irreais
Há um quê de lúbrico nesta melúria
inconstante, em sua veleidade descontente
Tua face, vulto fulgidio que incita a minha fúria
Perdida, num querer-te afanoso e ausente
Minha vida, ocaso tenebroso... melodia
muda, sem notas nem arranjo
No paraíso esquecido de meus dias
nunca houve, sequer, nem um anjo
E o meu coração é um camafeu
com as chagas talhadas no lado mais precioso
Anátema comiserado de um deus
caprichoso, lasso e fastioso
Quiçá seja esta dor a única maneira
de decantar e abrandar meu apanágio
Ao pé da torre há ainda uma sementeira e
vez ou outra, hão de tocar os sinos no campanário”
* 1.º lugar da Grande São Paulo - Mapa Cultural Paulista 2001/2002
“Brancas, as águas agitam as angras
Não há portos, só navios... meu coração
E o meu coração emerge nas vagas
- e sangra
de desprazimento, enquanto digo-te como um ato de contrição
Há brumas em meu mar que-seria
e nas areias em que não piso... e o sol... jamais
E a tua imagem, em mim, é uma galeria
de paredes vazias, de sombras e visões irreais
Há um quê de lúbrico nesta melúria
inconstante, em sua veleidade descontente
Tua face, vulto fulgidio que incita a minha fúria
Perdida, num querer-te afanoso e ausente
Minha vida, ocaso tenebroso... melodia
muda, sem notas nem arranjo
No paraíso esquecido de meus dias
nunca houve, sequer, nem um anjo
E o meu coração é um camafeu
com as chagas talhadas no lado mais precioso
Anátema comiserado de um deus
caprichoso, lasso e fastioso
Quiçá seja esta dor a única maneira
de decantar e abrandar meu apanágio
Ao pé da torre há ainda uma sementeira e
vez ou outra, hão de tocar os sinos no campanário”
* 1.º lugar da Grande São Paulo - Mapa Cultural Paulista 2001/2002
quinta-feira, 27 de janeiro de 2005
Sei que pode parecer um pouco de vaidade, mas não poderia me abster de pôr meu presente no ar.
Depois de passar toda a vida desejando um irmão, não sou mais filha única.
"And: eu te amo, guria!!!
De amor de irmão de traquinagens
amor de brincar de pintar de tarde
em sulfites com giz de cera.
Te amo de cores rosas, amarelas
e outras belas
Te amo de azul misturado com vermelho e laranja
de gargalhar deitado no chão,
e pés no sofá, pro ar
depois da casa bagunçada,
(ê criançada levada!)
rindo dos vagalumes que brotam da lâmpada
e se escondem nos livros da estante!!
Te amo de olhar o teto
por horas em silêncio.
E depois arrumar tudo rapidinho
Porque logo a mãe vai chegar.
Ei!
Ali pode limpar:
Foi você quem rabiscou a parede!!!"
De Júlio Castro
Depois de passar toda a vida desejando um irmão, não sou mais filha única.
"And: eu te amo, guria!!!
De amor de irmão de traquinagens
amor de brincar de pintar de tarde
em sulfites com giz de cera.
Te amo de cores rosas, amarelas
e outras belas
Te amo de azul misturado com vermelho e laranja
de gargalhar deitado no chão,
e pés no sofá, pro ar
depois da casa bagunçada,
(ê criançada levada!)
rindo dos vagalumes que brotam da lâmpada
e se escondem nos livros da estante!!
Te amo de olhar o teto
por horas em silêncio.
E depois arrumar tudo rapidinho
Porque logo a mãe vai chegar.
Ei!
Ali pode limpar:
Foi você quem rabiscou a parede!!!"
De Júlio Castro
quarta-feira, 26 de janeiro de 2005
"Quem sabe a que escuridão de amor
pode chegar o carinho."
(Clarice Lispector)
Em que sonho eu te encontrei?
Em que sonho?
Em que ar?
Em que noite?
Em que curva roubaste o meu pensar?
Em que curva?
Em que pausa?
Em que penar?
Com que olhos hei de te tocar?
Com que olhos?
Com que palavras?
A que custar?
terça-feira, 18 de janeiro de 2005
Este poema é de meu grande e amado amigo Júlio Castro.
Devo dizer que, além de uma pessoa espetacular, o moço escreve muito, muito bem, como se pode ver:
TARDE MORNA DE AZUL
Ande hoje na ponta dos pés,
feche seus olhos,
segure em meu ombro
e me deixe lhe dar um sonho.
Ande hoje na ponta dos pés
e me dê sorrisos em câmera lenta.
Traga seu sopro refrescante,
seu cheiro morno de maresia,
seu beijo quente de nostalgia
e me faça esquecer de morrer.
Depois
posso flutuar com você?
Júlio Castro
Devo dizer que, além de uma pessoa espetacular, o moço escreve muito, muito bem, como se pode ver:
TARDE MORNA DE AZUL
Ande hoje na ponta dos pés,
feche seus olhos,
segure em meu ombro
e me deixe lhe dar um sonho.
Ande hoje na ponta dos pés
e me dê sorrisos em câmera lenta.
Traga seu sopro refrescante,
seu cheiro morno de maresia,
seu beijo quente de nostalgia
e me faça esquecer de morrer.
Depois
posso flutuar com você?
Júlio Castro
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