"Quem tem medo de Amar tem coração que nem coração de passarinho que se assusta fácil e sai voando fugido
É menino triste que pensa que Amor é gaiola
- Amor é gaiola não, menino, gaiola é medo Respira firme que Amor é ipê!"
quarta-feira, 13 de julho de 2005
Oração sempre buscando... sempre errando... sempre imperfeita... Dai-me paz, senhor paz sem medo que encontro-me exausta, senhor farta de ser e não ter sentido
sábado, 9 de julho de 2005
Poema Singelinho
"Às vezes parece um Erê escondido atrás de uma gente grande (muito grande). Mas o que tem de mais adorável são os olhos de sementinha que dão vontade na gente de plantar, cuidar e ficar torcendo pra que tudo acabe dando em flor"
sexta-feira, 8 de julho de 2005
“O que me dói não é O que há no coração Mas essas coisas lindas Que nunca existirão...” (Fernando Pessoa)
Um dia te conto de mim Um dia te conto do sim (que se calou)
Um dia te encontro a sós Um dia te conto de nós
Um dia me encorajo e te encaro
Um dia te encontro Um dia, sim, um dia eu te encanto
domingo, 12 de junho de 2005
“ No dia em que você me deixou
meu olhar de revés marejou
coração de céu claro
morava no peito
e aquele dia aluou
E de tanto buscar
voz alta em mim dizia
m`arrebatou
maré esconsa, neblinei
e a delicadeza
no amanhecer tormentou
Delicadeza
neblinei, neblinei
marejou
E no jardim que a gente plantou
minha flor mal-me-quis, estancou
terreno só, desfolhado
e o pranto chorado
meu broto regou
E de tanto acabrunhar
mundo todo dizia
desatinou
peito às tontas, neblinei
e a delicadeza
no anoitecer tormentou
Delicadeza
neblinei, neblinei
marejou
Mas no dia em que você voltou
semente se abriu, deu em flor
e o girassol florado
da terra tombado
pro céu se voltou
e de tanto esperar
riso solto corria
e o sol voltou
Pro seu recanto, clarejei
e a delicadeza
até que enfim descansou
Delicadeza
sublimei, sublimei
clarejou"
quarta-feira, 25 de maio de 2005
REVOLTA
"E antes
que possa voltar a pousar
sobre os nossos ombros
a mão que insulta a beleza,
eu lhe aconselho:
apague a luz do picadeiro
não faço parte do teu circo"
terça-feira, 24 de maio de 2005
AINDA QUE MAL PERGUNTE (Fernando Pessoa)
Ainda que mal te pergunte, Ainda que mal respondas; Ainda que mal te entenda, Ainda que mal repitas; Ainda que mal insistas, Ainda que mal desculpes; Ainda que mal me exprima, Ainda que mal me julgues; Ainda que mal me mostre, Ainda que mal te encare, Ainda que mal te furtes; Ainda que mal te siga, Ainda que mal te voltes; Ainda que mal te ame, Ainda que mal o saibas; Ainda que mal te agarre, Ainda que mal te mates; Ainda assim, pergunto: Me amas? E me queimando em teu peito Me salvo e me dano... ...de Amor!!!
quinta-feira, 19 de maio de 2005
“O menino doce me marcou na pele um cheiro que não me deixa dormir direito
Um cheiro na pele na face, nos cabelos
E no lado de meus lábios o gosto incompleto de um beijo”
sexta-feira, 13 de maio de 2005
POEMAS DO CáRCERE ( Da Negação do Amor)
“Maldigo o dia a hora em que te conheci Maldigo as vozes e os versos que te trouxeram a mim
Renego todas as tardes em que estiveste ao meu lado Todos os olhares em arabescos com que te desenhei
Rejeito todos os risos e todos os riscos Rejeito este amor que tenho sem nunca tê-lo tido
Desminto agora a poesia que há em ti Rasuro todas as letras com que um dia te rimei De hora em diante Nego-te todas as minhas estrofes!
Repudio a vertigem da tua presença e esconjuro a ausência do teu corpo no meu Desprezo o descompasso de minhas veias no cingir dos olhos teus
Menosprezo-lhe o figmento o fingimento as amarras as farsas as máscaras
E sobretudo abjuro o todo de ti que se fez tão covarde em mim.”
quinta-feira, 5 de maio de 2005
POEMAS DO CÁRCERE
(Do amor recorrente)
"De tudo o que não houvemos de ter
sabe em mim o sabor
da tua luxúria em sonhos"
terça-feira, 19 de abril de 2005
POEMAS DO CÁRCERE (Do amor reconhecido)
Eu sou aquela que vela a ausência do teu corpo dormente aquela que se fizera erva e se quisera hera a crescer nos teus quintais
Sou aquela que se perdera no calor da espera e do não ter em que te tenho tido tua última quimera se me faz presente tão logo em mim se encerra
Sou aquela que é noite e na noite que inverna Sou aquela que soletra o teu Amor num vão
quarta-feira, 13 de abril de 2005
HAICAI DISTANTE
"Os dias sem você me doem como se fossem dias sem você"
sexta-feira, 8 de abril de 2005
HAICAIS DO CAMINHO
#3
"Há saudade, espera e desejo
na boca
que se prepara para o beijo"
quarta-feira, 6 de abril de 2005
"Se eu ficar repetindo
infinitamente
que te amo,
até que se acabem as letras
dos alfabetos todos,
será que deus se compadece
e devolve você pra mim?"
segunda-feira, 4 de abril de 2005
HAICAIS DO CAMINHO #2 "Os haicais do caminho têm sede de você"
sexta-feira, 1 de abril de 2005
"Me rouba me rouba feito flor me leva embora com terra cor e raiz e depois me replanta me rega me cuida - me cuida nos terrenos teus"
quinta-feira, 31 de março de 2005
Dêem uma olhada aqui Cinco Contra Um. Blog novo, coletivo (adoro blogs coletivos), muito bom. Tem texto meu também como convidada da semana.
quarta-feira, 30 de março de 2005
OS HAICAIS DO CAMINHO # 1 "Quanto céu poeira, estrada até o encontro da boca dulcíssima"
terça-feira, 22 de março de 2005
Para Márcia Maia "Entre o querer e o poder quantos sonhos perdidos à espera de nós dois
Entre a sombra tua e a boca minha que pulsar errante de desejo intenso
Quanta terra pedra estrada entre a rotina tua e o meu querer a mim
E conquanto seja Amor seja livre no entanto para partir e vir o teu em mim aos braços meus"
domingo, 20 de março de 2005
VISLUMBRE
“O menino da montanha
tem um jeito estranho de se dizer
E em suas reticências
que fecham e abrem
um universo todo
a sugerir silêncios”
quarta-feira, 16 de março de 2005
POEMA DE URGÊNCIA
“Caminho caminhas comigo Engendro sublime e lascivo Meu pensar é teu domínio
(estás incrustado em minha íris) Sigo tua mão me leva Suspiro tua voz me enleva Sou desejo vento espera
(logo, logo, meu Amor tem pressa)
terça-feira, 15 de março de 2005
Paisagem na Janela Todo dia a mesma estação Todo dia o mesmo trajeto Todo dia a mesma visão (mas em meados do caminho hoje o arbusto amarelo floresceu)
segunda-feira, 14 de março de 2005
AMAR MARCELO MAR VERDE MAR É VERDE VER- TE VER TE NTE DE FELICIDADE
(marcelotinhaumaalmaverde)
quinta-feira, 10 de março de 2005
“O teu corpo no meu corpo - não há de importar desde que a tua alma faça amor com o meu te amar”
segunda-feira, 7 de março de 2005
O PESCADOR DE ESTRELAS
Sentado à beira da Lua pescas estrelas enqüanto germino entre os astros o meu canteiro de sonhos E na grandeza deste mundo insuspeitado tu pousas sobre mim o teu olhar descansado corisco abrilhantado no proscênio do céu que convidaste desde então a morar dentro de mim
Alumbrada piso nuvens pandas Âmbar que abranda o meu caminhar
E pelas vidraças da bem-aventurança cintila por ti - Bálsamo e benção o véu de constelação que hoje cobre os olhos meus
quarta-feira, 2 de março de 2005
Mais do que um presente do meu mais do que amigo Júlio Castro: "Um dia quero escrever uma poesia-você, com brisas agradáveis de nuances-amor-vento, de belos versos poeta-azul e poetisas vidas-cor-de-rosa. Um poema sua vida, de rimas longas e penúltimos estrofes fortes intermináveis. Quero um dia escrever uma poesia de sua leve-eternidade. Um poema inovador de verbos lindos e versos-And."
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005
And V "Quero ser o desejo corsário e límpido o início do ciclo a Única Flor Antes o roçar de asas em meus seios que mãos de pedra a me tocar Não quero ser a que fica quero ser sonho e ser dormida o esgar dos lábios soabertos e o suplício da partida Não quero ser Amor quero ser Poesia"
terça-feira, 22 de fevereiro de 2005
Este poema é do meu filhote, meu Amor mais lindo...