terça-feira, 14 de abril de 2009

na madrugada fria
uma mulher se senta
na beirada escura da cama

uma mulher nua se senta
escura
na beirada da cama fria

no meio da noite escura
a nudez de uma mulher
- tão fria -
não pode conciliar o sono
e pergunta
- em agonia-

por quê?

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

WORKSHOP DE POESIA

OFICINA DA PALAVRA - CASA MÁRIO DE ANDRADE BARRA FUNDA

Rua Lopes Chaves, 546 - Barra Funda - São Paulo/SP
Tel: (11) 3666-5803 / 3826-4085
e-mail: casamariodeandrade@assaoc.org.br
Funcionamento segunda a sexta-feira - 12h às 22h sábados - 9h às 14h

Legenda (S) - Atividades na Sede (E) - Atividades Externas


LITERATURA LITERATURA WORKSHOP DE POESIA E SARAU - 15 vagas (S)

Coordenação: Andréa Muroni

4 a 18/2 - quartas-feiras- 19h30 às 21h30
Público-alvo: interessados com conhecimento intermediário
Faixa-etária: a partir de 18 anos
Seleção: carta de interesse

Inscrições: 26/1 a 30/1

quinta-feira, 27 de novembro de 2008


Queridos


Tive o prazer de ser agraciada, este ano, com o 1º lugar do 4º Concurso Literário de Suzano.


No próximo dia 16 de dezembro haverá no Centro Cultural um evento de lançamento da Revista Trajetória Literária #4 com a devida sessão de autógrafos e distribuição da revista aos participantes.


A quem puder comparecer, meus sinceros agradecimentos. Beijo

Lançamento dia 16 de dezembro - terça - 20h

Local: Centro Cultural de Suzano

Rua Benjamin Constant, 682

Centro - Suzano - SP

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

nem só de pão se vive

só de pão

não se vive

nem só





também não se vive



quinta-feira, 18 de setembro de 2008

"O que tenho pra te dar
é clara e suave luz primeira do dia

É poesia
riso e gosto de sal na boca
(conquanto o que tenha pra te dar seja doce)

Tenho para ti notas
solfejos e sonatas
tenho terra e alegria pueril
fúria de mar e vento e gozo
passadas incertas porém firmes
luz e sono

O que tenho pra te dar
não pode ser mensurado por palavras
mas pode-se tocar com as mãos
(nos braços da chuva virá o que tenho pra ti)

A ti te dou sonhos
vertigens e amanheceres
na alba
clara e suave

luz primeira da manhã"

quarta-feira, 23 de julho de 2008


da minha certidão de ser:

mato recém-criado
nascido do Amor da terra pela água
(lama)
- guarde-reios de sutilezas -

sexta-feira, 27 de junho de 2008

The Masquerade

“É você quem eu quero
mas o outro você
o que está por trás

De você eu quero
aquele que está no escuro
o doente
o febril
quero aquele
escondido no vazio
o das sombras
o insuspeito

Não quero de você
o adorado, o sorridente
o as multidões, este
Desejo, antes
o de alma atormentada
o dos versos escusos
De você só me interessam
as rimas em fúria
o olhar em segredo
É a sua vertigem
o que desejo

(quero as dores que te freqüentam)

Dentro de você, outro você
outro, esconso
você outro
quero o outro
o outro você
quero o outro você

Só me interesso
pelo que está por trás”

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Réstia

"e quanto a mim
sou planta

a planta autônoma e forte
se erguendo, muda
nas frestas do cimento mundo"

terça-feira, 3 de julho de 2007

dos meus dias:
9 horas a orçar
o valor das palavras alheias

dentre muitas
e tantas mais
nenhuma delas é minha
ou de você

(somos aqueles
que soletram a chuva

e areia)

segunda-feira, 26 de março de 2007

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

" E o Sol perguntou à Vênus :
- Veneranda Criatura, não te ocupas que te creiam estrela?
Ao que a Luz Primeira na Noite respondeu:
- Vá pra puta que te pariu!"

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

A esperança
o medo
a dor
os trilhos
os sons
as carências
ausências
excessos
a vida real
o devaneio
o desemprego
a flor
o gás
a memória
as saudades
o grito
o vinho derramado no sofá
o cão que uiva na rua
a rosa que desabrochou e morreu
a angústia de ser e não ter
a violência
a espera
a desesperança.

... e no meio de tudo
o Amor!

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

"Nunca li estrofe
ou conheci poeta
que versasse as folhas
Mas o perfume da calêndula
não é da flor
que ele vem não"




O Windows Live Messenger chegou! Confira já!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

terça-feira, 25 de outubro de 2005

"Quase morri de frio
por amor a quem não existia
Quase me perdi
a correr atrás de sombras

(pelo que não é
trouxe lágrimas ao reino)

Se hoje guardo luto
é pela morte de alguém
que existiu tão somente para mim

(pela mentira que foste
franzo meu cenho e
calo meu sorriso)

Mas assim que a chuva
lave as águas que chorei
porei minha alma
a quarar no sol
e hei de esquecer
que nunca, nesta vida
eu te conheci"

sexta-feira, 21 de outubro de 2005

''há estilhaços de cacos
nos meus pés cansados
há um acúmulo de pedras
sem igual nos meus caminhos

(mas de noite
me guardas em teus braços
e eu adormeço)"

quarta-feira, 5 de outubro de 2005

O Menino que Carregava Água na Peneira

Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento
e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.

O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.

A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores e até infinitos.
Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira
Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.

Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro botando ponto final na frase.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!

A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios com as suas peraltagens
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos

Manoel de Barros

domingo, 7 de agosto de 2005

Queria fazer um poema tudo
um poema nos tons verdes de Vivaldi

Queria fazer um poema intenso
captação de imagens e fotogramas

Queria um Poema-Amigo
Mas Amigos não cabem em poema.
Amigos

extrapolam o amor....

sábado, 6 de agosto de 2005

Acordar ao teu lado é algo
que nunca saberia dizer

por isso
te ofereço os meus varais
para que estendas teus lençóis
alvos, farfalhando sonhos....

sexta-feira, 5 de agosto de 2005

sexta-feira, 15 de julho de 2005

Versinho pra quem tem medo de Amar


"Quem tem medo de Amar
tem coração que nem coração de passarinho
que se assusta fácil
e sai voando fugido

É menino triste
que pensa que Amor é gaiola

- Amor é gaiola não, menino,
gaiola é medo
Respira firme
que Amor é ipê!"


quarta-feira, 13 de julho de 2005


Oração

sempre buscando...
sempre errando...
sempre imperfeita...

Dai-me paz, senhor
paz sem medo
que encontro-me exausta, senhor
farta de ser e não ter sentido

sábado, 9 de julho de 2005


Poema Singelinho

"Às vezes parece um Erê
escondido atrás de uma gente grande
(muito grande).
Mas o que tem de mais adorável
são os olhos de sementinha
que dão vontade na gente de plantar,
cuidar e ficar torcendo
pra que tudo acabe dando em flor"

sexta-feira, 8 de julho de 2005

“O que me dói não é
O que há no coração
Mas essas coisas lindas
Que nunca existirão...”
(Fernando Pessoa)

Um dia te conto de mim
Um dia
te conto do sim
(que se calou)

Um dia te encontro a sós
Um dia
te conto de nós

Um dia
me encorajo
e te encaro

Um dia te encontro
Um dia,
sim, um dia eu te encanto

domingo, 12 de junho de 2005

“ No dia em que você me deixou meu olhar de revés marejou coração de céu claro morava no peito e aquele dia aluou E de tanto buscar voz alta em mim dizia m`arrebatou maré esconsa, neblinei e a delicadeza no amanhecer tormentou Delicadeza neblinei, neblinei marejou E no jardim que a gente plantou minha flor mal-me-quis, estancou terreno só, desfolhado e o pranto chorado meu broto regou E de tanto acabrunhar mundo todo dizia desatinou peito às tontas, neblinei e a delicadeza no anoitecer tormentou Delicadeza neblinei, neblinei marejou Mas no dia em que você voltou semente se abriu, deu em flor e o girassol florado da terra tombado pro céu se voltou e de tanto esperar riso solto corria e o sol voltou Pro seu recanto, clarejei e a delicadeza até que enfim descansou Delicadeza sublimei, sublimei clarejou"

quarta-feira, 25 de maio de 2005

REVOLTA
"E antes
que possa voltar a pousar
sobre os nossos ombros
a mão que insulta a beleza,
eu lhe aconselho:
apague a luz do picadeiro
não faço parte do teu circo"