claro e límpido dia tempo
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
No fundo do quintal da minha avó
tinha um pé de ameixa
Ele ficava pro lado de lá do muro
no terreiro vizinho
Mas como árvore não respeita emparelhança
metade das frutas caía pro nosso pedaço de quintal
Era fruta de tempo de férias
Eu gostava de passar as manhãs
futucando a árvore com pau de agarrar varal
Minha mãe brigava que tinha cobra
Eu procurava os buracos delas e ovo
nem nunca achei nenhum
A ameixinha amarela nem bicho vivia
e o caroço marrom era liso de pedra de rio
De grande subiram o muro e cortaram a árvore
quiseram semear no lugar um canteiro de cimento
De grande eu acho a fruta na bandeja no mercado
sufocada em filme plástico
Descobri que o nome que a ameixa chama é nêspera
Tem importância não mudar de nome:
A fruta que eu gostava
não dá em pé de banca
tinha um pé de ameixa
Ele ficava pro lado de lá do muro
no terreiro vizinho
Mas como árvore não respeita emparelhança
metade das frutas caía pro nosso pedaço de quintal
Era fruta de tempo de férias
Eu gostava de passar as manhãs
futucando a árvore com pau de agarrar varal
Minha mãe brigava que tinha cobra
Eu procurava os buracos delas e ovo
nem nunca achei nenhum
A ameixinha amarela nem bicho vivia
e o caroço marrom era liso de pedra de rio
De grande subiram o muro e cortaram a árvore
quiseram semear no lugar um canteiro de cimento
De grande eu acho a fruta na bandeja no mercado
sufocada em filme plástico
Descobri que o nome que a ameixa chama é nêspera
Tem importância não mudar de nome:
A fruta que eu gostava
não dá em pé de banca
terça-feira, 8 de junho de 2010
quanta tristeza
cabe em um dia?
quanta angústia
agrura, amargura?
onde é
o antes de enlouquecer?
quanto ar é preciso
pra encher esse vazio?
pra não sufocar sozinho?
pra exalar um balbucio?
quanta tristeza
meu deus
ainda vai caber em mim?
antes que a noite anoiteça
antes que a vista escureça
antes
que a vida feneça
enfim.
cabe em um dia?
quanta angústia
agrura, amargura?
onde é
o antes de enlouquecer?
quanto ar é preciso
pra encher esse vazio?
pra não sufocar sozinho?
pra exalar um balbucio?
quanta tristeza
meu deus
ainda vai caber em mim?
antes que a noite anoiteça
antes que a vista escureça
antes
que a vida feneça
enfim.
sábado, 6 de março de 2010
quinta-feira, 4 de março de 2010
nas paredes do túnel
fotos e letras na vertigem
do dizer-se menos
(as notas vem do outro lado
eletrificando a escuridão)
na saída há luz
e som
anônimos se resvalam
em mãos de subida e descida
a luz se faz mais forte e irreal
toma forma, o som
mas de nada vale o sol
(a escuridão se emaranhou no em mim)
fotos e letras na vertigem
do dizer-se menos
(as notas vem do outro lado
eletrificando a escuridão)
na saída há luz
e som
anônimos se resvalam
em mãos de subida e descida
a luz se faz mais forte e irreal
toma forma, o som
mas de nada vale o sol
(a escuridão se emaranhou no em mim)
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Sonho de Poeta
Não tenho o costume de postar poemas que não sejam de minha autoria, já que não é este o propósito do blogue.
Mas em alguns casos eu tenho de abrir excessões.
Como agora, com este belíssimo e invejável texto da Alice Ruiz.
Invejável sim. Porque EU deveria ter escrito este poema.
SONHO DE POETA
Quem dera fosse meu
o poema de amor
definitivo.
Se amar fosse o bastante,
poder eu poderia,
pudera,
às vezes, parece ser
esse, meu único destino
Mas vem o vento e leva
as palavras que digo,
minha canção de amigo.
Um sonho de poeta,
não vale o instante
vivo.
Pode que muita gente
veja no que escrevo
tudo que sente
e vibre
e chore
e ria,
como eu, antigamente,
quando não sabia
que não há um verso,
amor,
que te contente.
Mas em alguns casos eu tenho de abrir excessões.
Como agora, com este belíssimo e invejável texto da Alice Ruiz.
Invejável sim. Porque EU deveria ter escrito este poema.
SONHO DE POETA
Quem dera fosse meu
o poema de amor
definitivo.
Se amar fosse o bastante,
poder eu poderia,
pudera,
às vezes, parece ser
esse, meu único destino
Mas vem o vento e leva
as palavras que digo,
minha canção de amigo.
Um sonho de poeta,
não vale o instante
vivo.
Pode que muita gente
veja no que escrevo
tudo que sente
e vibre
e chore
e ria,
como eu, antigamente,
quando não sabia
que não há um verso,
amor,
que te contente.
sábado, 21 de novembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
O círculo infernal das saudades - I
Essa noite me veio em sonhos
e quando te sonho assim
como essa noite te sonhei
você se me fica.
e quando te sonho assim
como essa noite te sonhei
você se me fica.
.o d i a t o d o e m m i m.
sábado, 22 de agosto de 2009
Manoel de Barros
Veio me dizer que eu desestruturo a linguagem. Eu desestruturo a linguagem?
Vejamos: eu estou bem sentado num lugar. Vem uma palavra e tira o lugar debaixo de mim. Tira o lugar em que estava sentado. Eu não fazia nada para que a palavra me desalojasse daquele lugar. E eu nem atrapalhava a passagem de ninguém. Ao retirar debaixo de mim o lugar, eu desaprumei. Ali só havia um grilo com sua flauta de couro. O grilo feridava o silêncio. Os moradores do lugar se queixavam do grilo. Agora eu pergunto: quem desestruturou a linguagem? Fui eu ou foram as palavras? E o lugar que retiraram debaixo de mim? Não era para terem retirado a mim do lugar? Foram as palavras pois que desestruturaram a linguagem. E não eu.
in: Ensaios Fotográficos
terça-feira, 14 de abril de 2009
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
WORKSHOP DE POESIA
OFICINA DA PALAVRA - CASA MÁRIO DE ANDRADE BARRA FUNDA
Rua Lopes Chaves, 546 - Barra Funda - São Paulo/SP
Tel: (11) 3666-5803 / 3826-4085
e-mail: casamariodeandrade@assaoc.org.br
Funcionamento segunda a sexta-feira - 12h às 22h sábados - 9h às 14h
Legenda (S) - Atividades na Sede (E) - Atividades Externas
LITERATURA LITERATURA WORKSHOP DE POESIA E SARAU - 15 vagas (S)
Coordenação: Andréa Muroni
4 a 18/2 - quartas-feiras- 19h30 às 21h30
Público-alvo: interessados com conhecimento intermediário
Faixa-etária: a partir de 18 anos
Seleção: carta de interesse
Inscrições: 26/1 a 30/1
Rua Lopes Chaves, 546 - Barra Funda - São Paulo/SP
Tel: (11) 3666-5803 / 3826-4085
e-mail: casamariodeandrade@assaoc.org.br
Funcionamento segunda a sexta-feira - 12h às 22h sábados - 9h às 14h
Legenda (S) - Atividades na Sede (E) - Atividades Externas
LITERATURA LITERATURA WORKSHOP DE POESIA E SARAU - 15 vagas (S)
Coordenação: Andréa Muroni
4 a 18/2 - quartas-feiras- 19h30 às 21h30
Público-alvo: interessados com conhecimento intermediário
Faixa-etária: a partir de 18 anos
Seleção: carta de interesse
Inscrições: 26/1 a 30/1
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Queridos
Tive o prazer de ser agraciada, este ano, com o 1º lugar do 4º Concurso Literário de Suzano.
No próximo dia 16 de dezembro haverá no Centro Cultural um evento de lançamento da Revista Trajetória Literária #4 com a devida sessão de autógrafos e distribuição da revista aos participantes.
A quem puder comparecer, meus sinceros agradecimentos. Beijo
Lançamento dia 16 de dezembro - terça - 20h
Local: Centro Cultural de Suzano
Rua Benjamin Constant, 682
Centro - Suzano - SP
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
"O que tenho pra te dar
é clara e suave luz primeira do dia
É poesia
riso e gosto de sal na boca
(conquanto o que tenha pra te dar seja doce)
Tenho para ti notas
solfejos e sonatas
tenho terra e alegria pueril
fúria de mar e vento e gozo
passadas incertas porém firmes
luz e sono
O que tenho pra te dar
não pode ser mensurado por palavras
mas pode-se tocar com as mãos
(nos braços da chuva virá o que tenho pra ti)
A ti te dou sonhos
vertigens e amanheceres
na alba
clara e suave
luz primeira da manhã"
é clara e suave luz primeira do dia
É poesia
riso e gosto de sal na boca
(conquanto o que tenha pra te dar seja doce)
Tenho para ti notas
solfejos e sonatas
tenho terra e alegria pueril
fúria de mar e vento e gozo
passadas incertas porém firmes
luz e sono
O que tenho pra te dar
não pode ser mensurado por palavras
mas pode-se tocar com as mãos
(nos braços da chuva virá o que tenho pra ti)
A ti te dou sonhos
vertigens e amanheceres
na alba
clara e suave
luz primeira da manhã"
quarta-feira, 23 de julho de 2008
sexta-feira, 27 de junho de 2008
The Masquerade
“É você quem eu quero
mas o outro você
o que está por trás
De você eu quero
aquele que está no escuro
o doente
o febril
quero aquele
escondido no vazio
o das sombras
o insuspeito
Não quero de você
o adorado, o sorridente
o as multidões, este
Desejo, antes
o de alma atormentada
o dos versos escusos
De você só me interessam
as rimas em fúria
o olhar em segredo
É a sua vertigem
o que desejo
(quero as dores que te freqüentam)
Dentro de você, outro você
outro, esconso
você outro
quero o outro
o outro você
quero o outro você
Só me interesso
pelo que está por trás”
mas o outro você
o que está por trás
De você eu quero
aquele que está no escuro
o doente
o febril
quero aquele
escondido no vazio
o das sombras
o insuspeito
Não quero de você
o adorado, o sorridente
o as multidões, este
Desejo, antes
o de alma atormentada
o dos versos escusos
De você só me interessam
as rimas em fúria
o olhar em segredo
É a sua vertigem
o que desejo
(quero as dores que te freqüentam)
Dentro de você, outro você
outro, esconso
você outro
quero o outro
o outro você
quero o outro você
Só me interesso
pelo que está por trás”
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Réstia
"e quanto a mim
sou planta
a planta autônoma e forte
se erguendo, muda
nas frestas do cimento mundo"
sou planta
a planta autônoma e forte
se erguendo, muda
nas frestas do cimento mundo"
terça-feira, 3 de julho de 2007
segunda-feira, 26 de março de 2007
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
quarta-feira, 17 de janeiro de 2007
A esperança
o medo
a dor
os trilhos
os sons
as carências
ausências
excessos
a vida real
o devaneio
o desemprego
a flor
o gás
a memória
as saudades
o grito
o vinho derramado no sofá
o cão que uiva na rua
a rosa que desabrochou e morreu
a angústia de ser e não ter
a violência
a espera
a desesperança.
o medo
a dor
os trilhos
os sons
as carências
ausências
excessos
a vida real
o devaneio
o desemprego
a flor
o gás
a memória
as saudades
o grito
o vinho derramado no sofá
o cão que uiva na rua
a rosa que desabrochou e morreu
a angústia de ser e não ter
a violência
a espera
a desesperança.
... e no meio de tudo
o Amor!
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