Take me
take me like a flower
carry me away
with color, earth and root
and then
replant me
water me
care me
care me into the fields of you
"A ilusão exposta em tanto desalinho..." (Vitor Ramil)
Take me
take me like a flower
carry me away
with color, earth and root
and then
replant me
water me
care me
care me into the fields of you
ARENA CULTURAL | ||
Clube de Leitura: Patativa do Assaré - O Sertão Dentro de Mim SESC Vila Mariana | ||
| ||
Autores: Tiago Santana e Gilmar de Carvalho, Edições SESC SP, Editora Tempo d’Imagem - 2010, 144 páginas. 40 vagas. Inscrições na Central de Atendimento a partir do dia 1/6. Sala 3, 6º andar - Torre A. Nascido na cidade de Assaré, região do Cariri, Ceará, Antonio Gonçalves da Silva, o Patativa, é uma referência na poesia brasileira de cunho tradicional e dicção popular. Alfabetizado aos doze anos, a partir dessa época passa a fazer repentes e a se apresentar em festas e ocasiões importantes. Com cerca de vinte anos de idade recebe o pseudônimo de Patativa, por ser sua poesia comparável à beleza do canto desta ave. Além da impressionante capacidade de memorização, o poeta se destaca pelo talento e versatilidade, compondo tanto versos nos moldes camonianos quanto poesia de rima e métrica populares. Importante registro e testemunho de um artista e de uma época, o livro homenageia o centenário de nascimento do poeta popular por meio de fotografias e textos que abrangem os principais momentos de sua vida. A obra constitui-se em um inventário fortemente visual que possibilita compreender quem foi esse artista, onde viveu e em qual contexto desenvolveu a excelência de sua produção poética. Com Andréa Muroni, poetisa, arte-educadora e contadora de histórias. Formada em Jornalismo pela UMC – Universidade de Mogi das Cruzes, cursou ainda Letras Inglês e Letras Francês na PUC SP. Trabalha com projetos de incentivo à leitura e escrita através do uso de poemas e contações de histórias desde 2004, além de ministrar oficinas, workshops e palestras sobre Literatura Brasileira e Poesia por todo o Estado de São Paulo. GRÁTIS | ||
Veio me dizer que eu desestruturo a linguagem. Eu desestruturo a linguagem?
Vejamos: eu estou bem sentado num lugar. Vem uma palavra e tira o lugar debaixo de mim. Tira o lugar em que estava sentado. Eu não fazia nada para que a palavra me desalojasse daquele lugar. E eu nem atrapalhava a passagem de ninguém. Ao retirar debaixo de mim o lugar, eu desaprumei. Ali só havia um grilo com sua flauta de couro. O grilo feridava o silêncio. Os moradores do lugar se queixavam do grilo. Agora eu pergunto: quem desestruturou a linguagem? Fui eu ou foram as palavras? E o lugar que retiraram debaixo de mim? Não era para terem retirado a mim do lugar? Foram as palavras pois que desestruturaram a linguagem. E não eu.