domingo, 26 de dezembro de 2004

A REINVENÇÃO DAS HORAS

Meu corpo te pede
meu sono te chama
e na aspereza dessa insone melodia
um novo dia se faz

Minh’alma desnuda
não tem lugar
senão sobre o teu flanco

queda-me a solitude
e a fatigante vigília
de meus olhos cegos
num vazio sem azul

Que hoje não cuido teu corpo
hoje eu não guardo o teu sono


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